Entraram em campo compenetrados, nem cinco minutos estavam virados e os detentores dos troféus passados já deixavam os feirenses derreados, Bruno Fernandes viu Raphinha do outro lado, este recebeu, avançou pela direita bem acompanhado, por dois feirantes estava a ser marcado, cortou para dentro de pé esquerdo, eles foram para o lado errado, e com o mesmo fez um remate vistoso e arqueado.
A equipa da casa queria discutir a passagem, vender cara a Taça e desfazer a desvantagem, e logo depois numa bola pelo ar, onde Salin se deixou antecipar, valeu um corte antes de a bola entrar. A contenda estava disputada, ninguém queria perder e subia a parada, Raphinha foi lançado numa arrancada, e travado fisicamente dentro da grande área, considerando a equipa de arbitragem que não era nada.
Bola para trás e para a frente, e eis que de repente numa saída controlada, Coates levantou a bola para o outro lado e na passada Bruno Fernandes correspondeu com novo chapéu por cima do único homem que pela frente lhe restava, dois toques e mais um estrago nos feirantes de bancada.
Mas onde antes não havia intensidade ou gente empurrada, viu o árbitro Petrovic fazer uma falta muito exagerada, e marcou penalti à descarada, antes que a Feira fosse pela ventania levada, numa estrondosa e inolvidável goleada. E de grande penalidade foi a redução regateada, Salin acertou no lado mas não na bola rematada.
Parada e resposta, houve quem começasse na aposta, será que a igualdade ainda iria ser reposta, a resposta veio na 2.ª metade, mas quase que se desfazia essa possibilidade ainda antes do intervalo, Acuña batia os cantos e cruzava que era um regalo, Bruno Fernandes e Petrovic apareciam a cabecear a prová-lo, primeiro só com uma defesa por instinto a evitá-lo, depois batendo o remate no opositor a atravessá-lo, e já ao cair do pano, Mathieu bateu o livre directo mas Brígido foi buscá-lo.
O 2.º tempo começou muito lento, mais cauteloso defensivamente quer o conjunto da casa quer o visitante, mas foi-se desenvolvendo, e Mathieu voltou a aparecer em pleno, num contra-ataque perigoso e cheio de veneno, de três para um, e foi vê-lo deslizar pelo terreno, um carrinho que mais parecia um trenó, anulando o ataque e desfazendo-o, um corte tão soberbo que até deu dó, e na recarga lá o Feirense rematou, e por cima da baliza o perigo passou.
De livre directo Bruno Fernandes também tentou, mas o guarda-redes local engatou, e como Bas Dost tombou porque alguém veio por trás e o agarrou, como quem atraca o rapaz que o sabonente apanhou, entendeu o juiz que a intensidade estava lá, e vai daí toma lá dá cá, o Holandês Voador chegou-se à frente e com mais um prego tirou o quadro negro e repôs o branco na parede, uma margem confortável e o ascendente.
Os mercadores mostravam-se mais resignados, tentavam mas normalmente eram rechaçados, e começou a haver ainda mais espaço mal tapado, as barracas abanavam e as tendas rebolavam no relvado, Diaby queria virar-se para o simples e deixar o complicado e numa combinação onde Bruno Fernandes o desmarcou, praticamente isolado, não conseguiu bater Brígido que lhe saiu manchado, e num ressalto às três tabelas quase acontecia um golo inesperado. O mais engraçado é que foi praticamente assim que Miguel Luís, decorridos apenas dois minutos, e depois de ter tabelado com Diaby, talvez por ele contaminado, em mais uma triangulação pelo mesmo lado, fez um remate, defendido, e depois involuntariamente desviado. Estava feito o resultado mais desnivelado, e não mais alterado. Ainda tentaram os locais com um toldo à medida mas desmesurado tapar o fosso cavado, mas Salin estava atento, recuou um bocado e segurou a prenda que Vítor Bruno lhe tinha enviado.
Jovane Cabral, no arraial recém-entrado, mostrou que vindo do banco é um tratado, e só não fez um grande estrago porque o poste devolveu o recado, a Diaby que estava mesmo ali especado, e sem ninguém pela frente, de pé esquerdo e de primeira, fez uma asneira e falhou um golo cantado. Petrovic foi novamente por Acuña solicitado, um cruzamento recuado e um cabeceamento colocado, mas Brígido voava e impedia que o Feirense fosse arrasado.
O Novo Sporting estava mais que apurado, respirava vitalidade e não se mostrava saciado, queria mais e mais era procurado, mas demasiada ineficácia e um guardião da feira inspirado impediram que o desnível fosse aumentado, e era Valência, outro suplente utilizado, que arrancava e procurava o contra-golpe de equipamento azulado, a fim de reduzir a inflação no resultado. Brígido ainda impediu que Bruno Gaspar, substituto de um Ristovski recuperado, chegado à linha tivesse facturado, fazendo-lhe a mancha com habilidade, e a seguir foi Bas Dost que desperdiçou após Jovane lhe endossar um cruzamento açucarado, ao 2.º poste e um pouco atrasado.
Salin pouco mais fez que defesas fáceis e saídas inábeis, uma bem e duas em falso, depois de voltar do cadafalso, onde ainda se encontra Viviano, também guarda-redes e não carregador de piano, sem direito a precária nem fim-de-semana, algures na solitária das masmorras ou penitenciária de um qualquer divergente plano, onde a união causa urticária mas é um chavão apregoado por ser bacano, não praticado tal como um católico não praticante que é protestante ou anglicano.
Está definida a primeira meia-final da Taça da Liga (Final Four em Braga):
SC Braga x Sporting
Benfica x FCPorto/Chaves/Varzim
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Sporting chega à Final Four da Taça da Liga pela 2.ª época consecutiva (Campeão de Inverno em título).
Depois das quatro meias finais consecutivas na prova (nas primeiras edições), este é o melhor registo dos últimos 8 anos.
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Marcel Keizer termina 2018 com saldo bastante positivo no Sporting (9 jogos):
8 vitórias
1 derrota
34 golos marcados
10 golos sofridos
+24 diferença de golos
78% de vitórias com goleada (7 em 9)
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