quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Antes duas aves na mão que uma a voar

Se a comunicação do Novo Sporting tem sido um desastre, muito devido a um ou outro traste que assentou arraiais como o Emplastro se apresenta em todos os canais enquanto tu zappingaste, impondo-se aos demais e mesclando os planos de fundo aos frontais, a equipa de campo do outro careca comunica como profissionais, e tem mais que cumprido com os desígnios normais, levando de vencida sucessivos adversários, tornados banais apesar de alguns contratempos contrários e sobressaltos desproporcionais.
Depois de ter subido o rio jornadas atrás, e porque este só passa uma vez, se não forem mais, é agora a Taça que os traz na barcaça a Alvalade, tentando solver as diferenças abissais como um pintor dilui tintas com aguarrás, e para isso afirmava-se como um adversário capaz de vir à cidade e voltar apurado, deixando o Clube da capital arrumado, como as faxineiras que puseram o homem das Caxin(eir)as de lado, eco-sistema mais ou menos lá situado.
O jogo começou tu-cá tu-lá, o Renan sabe já que é melhor entrar ligado, ou o caldo pode ficar logo entornado, o Rio Ave costuma entrar concentrado, mais acordado que um "insónico" cansado.
Só que mal o Sporting desenhou uma jogada com princípio, meio e fim, desmarcou-se ao 2.º poste Diaby, já disse que talvez não seja apenas tocador de bandolim, e o passe do Acuña disse assim, "estão a ver, sou um bom Ovo digno de uma omelete que se quer comer", e aos 3 minutos os vilacondenses, a perder, já estavam com Keizer e sus muchachos hirsutos, já nem os podiam ver.
Via-se uma equipa imponente e outra que entrando a perder não estava contente, e tentava quanto podia, mas era quase sempre impedida, e pouco depois da meia-hora, e uma ou outra perdida, bola de canto para a área pelo argentino batida, Coates a cabecear picado e a acertar no 2.º poste e Bas Dost fez o que faz quando não está de folga na vida.
Mais dez minutos passaram e Acuña fugiu junto à linha colocado, entrou para dentro, viu onde tinha que colocar o centro, e do outro lado, recuado, Bruno Fernandes fez um domínio esticado, alçou o pé direito e fez um remate cruzado ao seu jeito, fulminante, mais um golo a fragmentar o conjunto visitante.
Antes de terminar o 1.º tempo, o impotente Rio Ave ganhou algum alento numa mudança de flanco, do esquerdo para o direito, uma desmarcação de Matheus Reis para um cruzamento, que foi desviado por Bruno Gaspar ao tentar interceptar, que tem nome de rei mago e isso é de salientar, talvez querendo o próprio por um momento reinar, como Baltazar-toda-a-capa-a-ocupar, caprichosamente sobrevoando o guarda-redes e entrando onde a aranha faz a teia e a coruja vai dormitar.
A 2.ª metade foi como que um passeio no parque, o adversário parecia que estava com um achaque, o árbitro cobrou um penalti a la cobrador do fraque, os comentadores lembravam o Ministro da Informação do Iraque, o Sporting entendia que não devia abdicar do ataque, como um leopardo das neves sabe como fatigar um iaque, e depois de alguma falta de entendimento do sotaque, lá Jovane Cabral recebeu a carta de Bruno Fernandes, e em crioulo traduziu para o Holandês Voador fazer mais um golo cabeceado, uma hora de jogo jogado e 5 golos no bolo, que o deles também foi de verde apontado, deixando Zé Gomes fulo e tolo.
Com óleo se fritam os sonhos, de Alvalade têm saído carrancudos e bisonhos, excepto os risonhos croquettes, muito mais stromps e alegres, a ver correr as suas lebres, comensais de comes e bebes, e enquanto o diabo esfregava o olho, Diaby combinou com Bruno Fernandes, que o desmarcou na profundidade, fazendo o seu segundo golo quase à vontade.
De penalti fortuito lá Vinícius conseguiu o seu intuito e reduziu para a equipa que Coentrão seduziu, porque de bola corrida não desaguava o rio. Como atenuante do massacre das aves ribeirinhas, ficou uma vitória que foi fácil, fácil, mas não foi sem espinhas.

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