quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Os canhões da velha Albion

Na equação do apuramento europeu, agora que o ex-skipper desapareceu mas ainda paira algo de seu na equipa - como um fantasma plebeu que assombra o porão e dá a volta à tripa - e só resta da tripulação o jovem génio da pipa, que guiou a nau à vitória na recente deslocação a S. Migas, que certamente para vencer teve que fazer figas, onde tiros de canhão foram disparados de parte a parte, mas não houve danos no casco ou no mastro, só uma viga, ficando arrasado o baluarte, e o Sporting subiu ao 3.º lugar da I Liga, eis que navegou com sua arte para outra ilha e nova briga.
Mas o regresso à 3.ª dimensão pode ser capricho do destino ou mera ilusão, pode não passar de uma bolsa de ar debaixo do barco virado à tona, um curto-circuito na matriz ou um bug na mona, um colchão de água que à terceira bombada detona, estar ali a dois pontinhos da frente e depois definhar com os efeitos secundários da cortisona, querer produzir azeite e só ter uma azeitona, abandonar o cavalo para se agarrar à metadona, galar uma grossa que afinal é uma bichona, despertar do sonho e estar em pleno coma, uma combustão espontânea sob o sol do Arizona, isto porque se segue um grande desafio noutra zona, e ainda que não seja visitar o Barcelona, é ir aos Emirates, rumando de Lisbona a Londona.
Lá na fortaleza inglesa, onde antes o Arsène geria o Arsenal, tocava piano e falava franglês, lhes dava recital e música uma e outra vez, e também sofria no Natal, na Páscoa e no Carnaval, era à vontade do freguês e começaram a levá-lo a mal, ninguém quer ir parar fora da competição continental, quanto mais da nacional, vai daí que foram buscar o pragmático Unai Emery, convém não levar o triplo pivot para ali, ou então é certo que vão jogar mal, o barco não aguentará o peso e irá ao fundo, vai ser um naufrágio profundo, o mais certo é ser um funeral, e um festival para os albioninos e do outro lado do mundo.
Há que marchar contra os canhões, não ter medo de inovações e soltar cabeça, membros e pernas dos grilhões, apresentar soluções ofensivas, não ter medo de procurar alternativas, não jogar a medo das suas capacidades destrutivas, remar com entre-ajuda e sincronia colectivas, ter crença e acções objectivas.
Soltem as velas do veleiro leonino, que o homem do leme o faça bolinar contra os ventos do destino.



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