sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Baku Qarabag

Se Marte está nos roteiros turísticos americanos, o Azerbeijão foi o destino pós Lusitanos, não tão longínquo e com problemas logísticos de somenos, distante mas não propriamente o quinto dos infernos, antes o quarto do grupo que temos, numa Liga Europa dos pequenos, assumida como objectivo maior pelos novos mestres supremos, que podiam ser médicos e gestores no Júlio de Matos, ou no Magalhães Lemos.
O jogo começou com um penalti caído do céu, com o Holandês Voador a fazer o seu papel de goleador, depois de arrancar uma falta numa rotação interior, e inaugurando de seguida o marcador. Mas o Qarabag não se ficou, procurou atacar e atacou, flanqueou, cruzou, amortizou, rematou, e num belo lance fez o golo que os honrou, e a marcar, apesar de tentar, não mais voltou.
Quem regressou aos golos europeus foi Bruno Fernandes, que deixaram solto à entrada da área, não protegida apesar de tanta alimária, e com cujo remate pouco forte e colocado o guarda-redes islandês, sem querer, colaborou.
Nani percebeu como ele marcou e procurou o mesmo espaço vazio, depois de um contra-ataque e da transposição de vários opositores que conseguiu, e assim foi o terceiro golo após o remate que desferiu. No estádio fazia frio, e se os azeris ainda mostraram algum brio inicial, ao intervalo o ambiente estava mais refreado e calmo.
A segunda parte começou vagarosa, a equipa da casa mais receosa mas ainda assim corajosa, procurando evitar uma goleada calamitosa e ao mesmo tempo reverter a desvantagem dolorosa, mas o máximo que conseguiu foi levar uma coça, com mais três golos aparecidos de forma saborosa, e uns quantos mais desperdiçados de forma clamorosa.
Diaby marcou dois como quem não quer a coisa, aparecendo no meio e furando a geringonça, após bolas metidas à conta por Wendel e Jovane, e Bruno Fernandes fez mais um, ficando o resultado feito em Baku.
Marcel Keizer continua careca de saber que esta equipa é muito mais que Pézero fazia crer, mas também é preciso perceber que com adversários a valer tantos golos não vão chover, o Qarabag esteve muito mal a defender, e a defesa do Sporting vai ter muito mais com que se preocupar e entreter.
Fluidez de jogo, ideias práticas e mentalidade de treinador pulverizam o discurso demagogo anterior para inglês ver, que só a crias de urso poderia enternecer, apesar das gramáticas e das retóricas que as cartilhas querem vender, tácticas pragmáticas que os cavaleiros das estepes usavam para vencer: movimento contínuo com e sem posse, circulação, colectividade, envolvimento, toca e foge, velocidade, rapidez de execução, aproveitamento do momento, pressão organizada, objectividade, apoio em progressão.
Desafios mais complexos vão aparecer, que não te iludas. Longo será o caminho a percorrer, até porque Katmandu é mais próximo de Baku que aqui o cu de Judas.

⏰ 45’ | 🇦🇿 Qarabag 1 - 3 Sporting 🇵🇹

“Leões” eficazes no gatilho, a 45 minutos de confirmar o esperado apuramento
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⚽ 🇦🇿 Qarabag 🆚 Sporting 🇵🇹

Leões soltam meia-dúzia de rugidos e carimbam apuramento em estilo 🎩
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Na 1.ª vitória de 🇳🇱Marcek Keizer nas competições europeias (5J, 1V, 2E, 2D), o 🦁Sporting é a 1.ª equipa a fazer 6+ golos fora de casa, num jogo da fase de grupos UEFA 2018/19
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⚠️Em 8 participações na Europa League o 🦁Sporting participou em 7 ocasiões os 16 avos de final; a melhor campanha dos leões continua a ser a temporada 2011/12 quando chegou às meias-finais [vs 🇪🇸Athletic] com 🇵🇹Ricardo Sá Pinto
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