quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Os anais das varandas dos tormentos

Nem o mais pessimista adivinho, com o pior perfil e ainda por cima mesquinho, seria capaz de prever a reviravolta do Estoril, isto porque a surpresa foi o Sporting do pé-frio adiantar-se desde cedo com o pé quente do Wendel.
O pior veio depois, já sem o brasileiro em campo, morreram as vacas e ficaram os bois, e o André Pinto completamente bambo perante o adversário que lhe fugiu à marcação, embalou e o ultrapassou deixando-o passar e ficar estendido no chão, fazendo ele próprio pouco depois um auto-golo em antecipação. A culpa não foi só do "centralão" zonzo, o problema não está nas tábuas, está no gonzo e na precipitação, foi mais um problema de outra dimensão, acima daquela equipa sem fibra e ambição.
Foi só mais um abanão naquela defesa, cada vez mais tremida, com problemas gerais na linha defensiva entre centrais e laterais, e nas dobras e posicionamentos nas transições, sempre que apanhada em contra-ataque ou na velocidade é a maior das confusões.
Mas como para o pseudo-treinador pesudo este foi só mais um jogo maçudo sem necessidade, que nem dava assim tanta vontade, que até se podia perder na verdade, por causa da rotação dos jogadores, porque o interesse era fazer a manutenção dos motores, e fazer de conta que são todos uns senhores, faz-se com o vitorioso Estoril em casa como se fez fora com o derrotado Loures, há que ter respeito e elevação, dar mérito aos clubes de divisões inferiores. Se os adeptos assobiam, não interessa se muitos ou poucos, são apenas ignorantes agitadores, mais vale nem ter um quinto da capacidade total de espectadores, para quê se chatearem e ficarem roucos, portem-se benzinho e não como estupores loucos.
Eis o Novo Sporting, a Avenida José Alvalade e os seus infindáveis horrores...




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