Os contendores continuavam a chocar, Alex Telles e Diaby pareciam pinos sincronizados a tombar, a única diferença era onde se estavam a queixar, e antes, quando Wendel fez falta à entrada da grande-área, Brahimi Mathieu quis imitar, acertando na barreira com a bola a desviar.
A táctica impermeável começava a permear, o adversário infiltrava-se, variava e tentava cruzar, aproximava-se rapidamente e devagar, e numa ocasião em que o cruzamento parabólico caiu aos pés de Soares, este não soube bem como encostar, tentou com o direito mas na perna esquerda foi tabelar, num momento carambólico para mais tarde recordar, obrigando o movimento de Renan a se estirar, fazendo lembrar o Conan quando para apanhar o talismã teve de se atirar, impedindo um golo fortuito mas que não se costuma falhar, e ainda uma recarga que em desespero acabou por tentar, falta sobre o guardião que Hugo Miguel fez questão de assinalar, na única situação que o dragão fez o leão panicar.
Percebendo que estava na hora de acordar, Bruno Fernandes recebeu a bola à entrada da área e tentou marcar, disparando de pronto com um remate frontal rente ao chão a saltitar, que Casillas junto ao poste foi defender sem conseguir agarrar.
Coates cortou de cabeça um centro de Alex Telles e acabou por enviar a remessa para Marega, sem marcação dentro da área na zona contrária, que preparou o remate de pé esquerdo ao ângulo, mas qual sonâmbulo enviou a bola para fora por cima da barra.
Do outro lado, não conseguindo Bas Dost fazer um remate bem colocado, tentou amortecer de cabeça para Diaby tratar do recado, saindo um remate tão frouxo que mais valia ter estoirado. Mas não se pense que o holandês era o único atordoado, Felipe cabeceou mal quando o livre de Alex Telles foi executado, mais um lance de ataque gorado. E que dizer de Brahimi, que parecia contagiado, era o clássico para ver quem estava mais desafinado, recebeu a bola e tanto quis cruzá-la que a enrolou para o valado.
O único que aproveitou para mostrar algum estilo foi o corpanzudo Danilo, num lance pela esquerda adornado com uns cabritos enquanto bailava por entre uns leões meio aflitos, passando com uma vírgula de calcanhar o testemunho a quem foi até à linha de fundo buscar a bola e estragar tudo.
Mas o Holandês era o rei do lance falhado, nem o atraso mal feito de Corona conseguiu ser aproveitado, com o guarda-redes espanhol a sair-se e a ser mais despachado.
De seguida veio o zénite do lance desaproveitado, primeiro um cruzamento insidioso que Militão cortou desengonçado, depois um livre que Bruno Fernandes passou para Gudelj ao seu lado, aproveitando o bloco adversário mais recuado para disparar de onde estava acampado, um remate vistoso e inspirado, mas que pelo guardião reptiliano em suspensão foi tocado, saindo quando podia ter entrado. A seguir foi o cruzamento de Ristovski para o 2.º poste, onde parava desmarcado Bas Dost, saltando tão desenquadrado que cabeceou em esforço e já na queda, saindo a bola em enrosque. Pior só quando o conterrâneo de Diaby, o não tão veloz Marega do Mali, cabeceou à baliza e a bola se dirigiu à bandeirola de canto, mas esse instantâneo não foi motivo para espanto, tal a dureza daquele crânio e a suavidade do revestimento cutâneo, depois foi distribuir cacetada e amarelos até estar tudo de rastos, sem tantas festinhas, beijinhos e abraços, acabando os jogadores com os bofes de fora, estafados e gastos.
FINAL | Sporting Porto
Clássico valeu mais pelo de inverno que pelo futebol oferecido por e
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