O Sporting apresentou-se com André Pinto no lugar de Mathieu, estando o francês com um problema físico, e Bas Dost foi a jogo como ponta-de-lança titular, voltando a ocupar o seu próprio lugar.
Entrou o Dragão predisposto a um fim, procurar o desequilíbrio como o Bruce Lee, mas Lee é o princípio de Leão, e foi como André Pinto abordou a ocasião, cortando a bola quando alguém lhe aparecia em contramão.
O desafio estava atado no meio-campo, as equipas enredavam-se e as faltas travavam as iniciativas, nomeadamente as dos homens da cidade Invicta, bloqueando rápidas saídas dos leões, que tentavam aproveitar as recuperações para transições ofensivas.
Foi num alívio de Acuña para a frente, onde andava Bas Dost novamente, que este recolheu a bola e deu-a de presente a Nani, passando pela esquerda e rompendo, tentando surgir em zona de remate, e desferindo-o de ângulo fechado, saindo a bola disparada com efeito ao lado.
Depois ia havendo oferenda, bola atrasada pela defesa portista para Vaná, Raphinha correndo para o pressionar, tentando um passe a evitá-lo, mas pelo atacante interceptado com o pé, resultando uma espécie de chapéu, que no entanto ficou curto à medida de retê-lo.
Começava a haver ascendente leonino, o leão parecia com maior élan genuíno, apesar do adversário sempre viperino, e do lado direito, pressionando durante um curto período, em novo recuo forçado do oponente astuto, Bruno Fernandes interceptou a bola de Pepe como quem rouba uma sandes ou um acepipe, sobrando esta para Nani já na área, mas teve uma execução de remate precária e precipitada, que mais uma vez foi para fora e não deu em nada.
Começou o Porto a assustar-se e assomar-se, apenas para não ficar encostado, e foi Corona pelo seu lado desequilibrando, sacando um cruzamento venenoso cortado pela cabeça de Coates, com nova insistência e Ristovski acabando com a reincidência. Esses desequilíbrios pelas alas causaram o recurso a faltas do Sporting e tentavam aproveitá-las, com cruzamentos para as zonas defensivas precárias, mas Renan surgiu e afastou com os punhos quando Alex Telles tentou perigar as redes contrárias. Quando Brahimi começou a desenvolver, tentando confundir e entontecer, foi num primeiro momento impedido por Raphinha, que foi fazer um corte em carrinho já na última linha, batendo a bola no argelino e ganhando pontapé de baliza. Novamente o mexicano com nome de cerveja serviu um cruzamento de bandeja, que atravessou a área e foi cortado pela defesa, insistindo Alex Telles pela esquerda, mas com Ristovski a tocar para canto. Era o período áureo azul-e-branco na primeira parte, surgiu Marega com a bola dentro da grande-área e André Pinto a marcá-lo, vindo Gudelj no apoio desarmá-lo com o central a ceder outro canto, que foi cobrado e afastado prontamente, e na saída para o ataque, Corona fez falta dura sobre Bruno Fernandes, sendo admoestado pelo árbitro necessariamente com o primeiro cartão, surgindo o segundo pouco depois, quando na sequência de um canto mas contra os azuis, na saída destes após recuperação, Marega foi travado por André Pinto e desequilibrado caiu no chão. De imediato, sendo o maliano lá na frente solicitado, com um passe longo a isolá-lo e toda a gente a observá-lo, Renan o único elemento que ainda podia travá-lo, não conseguiu controlar a bola, e enrolou-se com ela até sair para fora.
Quando o Sporting se voltou a libertar em contra-golpe, após mais um livre da esquerda sem envelope, Wendel fez um passe a desmarcar Bas Dost, partindo atrás da linha de meio-campo e com um adversário a colocá-lo em jogo, que acabou por perder a bola e entrar em slide, mas inventaram um precedente e inexistente offside.
A disputa concentrava-se no miolo, Acuña quis tentar um corte no solo e projectou-se aos pés de Herrera, que despachando a bola foi atingido pela ponta da bota e a sola do argentino, que viu o amarelo pela carretera.
O Sporting voltou a criar um ataque, um cruzamento de Bruno Fernandes cortado para a entrada da área, Ristovski apareceu com espaço nessa zona intermediária e não percebeu que era melhor uma assistência solidária para o Holandês Voador, e rematou tão mal que a bola enrolou e bazou, e o próprio macedónio (e não só) se envergonhou. Isto porque na resposta Corona voltou a dar à costa na zona de Acuña, este tentou uma intercepção mas sobrou uma lacuna, e André Pereira apareceu no centro da rotunda, para finalizar o cruzamento que o fez o mexicano depois da barafunda, só que cabeceou por cima da barra, perante o central que o marcava e Renan, que aguardava para ver o que aquilo dava, mas o que deu foi uma perdida brava, da única vez que o Porto lá chegava.
A partir daí, faltando menos de 10 minutos para o fim com os descontos, foram os leões mais perigosos e menos tontos, e num livre ganho na direita do ataque, já depois de um no outro lado que Gudelj cruzou para este, onde Alex Telles cortou de cabeça mas o árbitro de linha estava a leste e não viu, o perigo para os portistas surgiu, com a bola cruzada até ao Coates, mais alto ao 2.º poste que os restantes, mas ainda assim desenquadrado, tocou a bola para Wendel na lateral da área colocado, este com Herrera pela frente tentou centrar, mas o mexicano acabou por com o braço cortar, que estava flectido junto ao corpo, sem ostensivamente esbracejar, a bola saiu e a decisão foi naturalmente nada assinalar, mesmo depois de revisto pelo VAR, e tem de se aceitar, mesmo que se entenda contestar.
Já no último minuto descontado veio o pânico no reduto azulado, Pepe recebeu a bola de Felipe na saída, com os avançados do Sporting sempre numa pressão bem medida, e foi assim que a bola foi mal passada e perdida pelo luso-brasileiro, o Holandês Voador intrometeu-se de permeio e passou para Raphinha mais adiantado, que tentando contornar Felipe foi por este em falta travado, um cartão amarelo que se fosse ao contrário seria avermalhado, e daí resultou um livre directo que até foi bem executado, mas Bruno Fernandes fez tanta pontaria para a base do poste que ele desviou-se para o lado, e Vaná atirou-se parecendo ter o remate controlado. Foi assim que o árbitro deu o 1.º tempo por terminado.
Igualada a final de uma Taça Nacional com mais estrangeiros nos onzes (17 em 22):
2019 FC Porto x Sporting, Taça da Liga
2013 Benfica 1-2 V. Guimarães, Taça de Portugal
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INTERVALO | Porto 0 – 0 Sporting
Os finalistas recolhem ao balneário sem terem feito qualquer remate enquadrado, numa 1ª parte novamente muito faltosa entre os rivais#AllianzCup #TaçaDaLiga #FCPSCP #FCPorto #DiaDeSporting
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Sporting nunca perdeu frente ao FC Porto após um nulo ao intervalo numa final de Taça ou Supertaça (2V, 3E).
Os leões venceram as duas últimas finais com um 0-0 ao intervalo:
2008 bis Tiuí, Taça de Portugal (após prolongamento)
2007 golo Izmailov, Supertaça
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