Acabando a selecção nacional o Mundial do Qatar em desgraça, porque só se é elogiado pelo aparelho de Estado quando ainda há hipóteses de trazer a Taça, e o pior é o Estado Lampiónico a roer-te a compostura como uma traça, soube-se então na praça pública que o Engenheiro e o CR7 tinham armado a palhaça, já para não falar no Jorge Mendes, persona ingrata que o GOAT já nem recebe em casa, e assim em lume brando foram passando pela brasa, até que a Federação e o seleccionador fizeram do contrato tábua rasa, estando agora a equipa da nação imortal orfã de treinador-cabeça, continuando igual na displicência e ausência de organização e raça.
Foi então que veio o cheque do patrão do Al-Nassr das Arábias, oferecendo uma montanha de dinheiro num deserto repleto de lábias, mais tagarela que a Xerazade a contar e tecer suas prosápias, conseguindo dar tantas voltas ao texto como um camelo no oásis, regateando melhor o sheik que um vendedor berbere no bazar de Cádis, tentando fazer o xeque ao rei num tabuleiro de xadrez a lápis, caçando o "melhor do mundo" como uma sentinela na Matrix, convencendo a Georgina e o Ronaldo como duas pessoas sábias, que terão mordomias que não lembram a muitas figuras majestáticas - e moradias no remake das 1001 noites mágicas.
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