Mas já lá iremos, que isto de enfrentar um submarino de barco a remos tem muito que se lhe diga, logo à primeira saída para o ataque Acuña deixou passar Chukwueze pelo lado esquerdo, que foi a linha cruzar para dentro, a bola desviada embatendo para trás, onde apareceram sem marcação mais dois ou três, e perante Bruno Gaspar o lateral Alfonso Pedraza só teve de a colocar cruzada e rasa.
O ataque do Sporting não se entendia, bola para as alas era bola perdida, os cruzamentos quando surgiam não tinham medida, Bas Dost falhava como pivot e cada bola que passava ia mal dirigida, e para além das camisolas da cor dos cartões (ou de forma invertida), que não viam os que iam levando o Novo Sporting de vencida, era o mau futebol que deixava a assistência estarrecida.
Pouca história teve a primeira parte da partida, a coxa de Bruno Gaspar retraída, Ristovski a substituí-lo de seguida, um só remate do Sporting à baliza, por Jovane de fora direito à figura, e o Villarreal contra-atacava e defendia, poupando-se a qualquer agrura e anulando uma eventual investida.
O fôlego que os marinheiros pouparam depois de atracar aproveitaram na 2.ª parte para atacar, mesmo com posse de bola reduzida, e quase metia água a linha defensiva, Coates atrapalhou-se com Salin e Bacca levou com a bola metida na cara, o que vale é que a vaca estava distraída - coisa rara, e sobrou para alguém a despachar, no meio daquela defesa desprevenida. A tripulação visitante passeava-se pela avenida, e a equipa residente continuava tremida.
A pontaria com Jovane estava agora desavinda, e teve de ser Coates a fazer pela vida, como já tinha feito noutra lida, ultrapassando um quarto da outra equipa em drible, e fazendo um cruzamento pelo chão em curva desabrida, afastado para canto por Fernandez de forma destemida. O guarda-redes dos espanhóis aquecia, entretanto o submarino amarelo lá ia dar uma voltinha, perante imensas dificuldades numa e noutra linha, não conseguindo os de barco a remos suster os laterais e os extremos, ou só depois de muita tentativa, mas era como remar num redemoinho ou numa maré-viva, que apesar de tudo acabava sempre numa finalização inconclusiva - a mediocridade contagiava a equipa mais proactiva.
Só aos 68 minutos Raphinha mostrou atributos, recolheu a bola com mestria, cruzada com força do outro lado, fez uma revienga e deixou Mário Gaspar pregado, entrou na grande-área e foi até ao fundo, cruzou atrasado para Bas Dost que desmarcado ao 1.º poste tentou um remate de encosto, mas atrapalhado o guardião defendeu-se, desviando a pelota por cima do barrote.
Enquanto o canto não era batido, saiu Jovane Cabral e entrou Luiz Phellype, Wendel para o lugar do Petrovic, e nos entretantos foi mais tempo perdido, até novo canto exactamente repetido, cinco minutos após o atrás referido, o mesmo rapaz das orelhas grandes cruzou para o 1.º poste onde Raphinha ergueu a perna e atacou a bola de pitons, desviando-a para o ferro com estrondo, mas não para a baliza do submarino redondo.
Acuña não jogou o que podia, mas refilou e arriscou como noutro qualquer dia, fazendo uma falta como a outra equipa tantas fazia, porém o cartão amarelo para ela raramente aparecia, não para o argentino que viu dois de forma fria, e a jogar com um a menos fez-se como se podia, pontapé longo e Coates lá subia, mas foram jogadas estéreis e ninguém devidamente as concluía.
A única pergunta que resta, depois de uma primeira mão tão funesta, e ainda com a eliminatória aberta, não tanto como se gostaria, é: ainda és o tótó que paga para ver jogar o Novo Sporting e o(s) assobia? Então vais ao fundo com ele(s), que eu vi gente que bancou (?) e o(s) aplaudia.
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INTERVALO |
Sporting 0 – 1 Villarreal
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Villarreal
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