domingo, 10 de fevereiro de 2019

Regresso à feira medieval

Haverá sempre uma feira, dizem os sóbrios após a bebedeira, ainda mal curados da ressaca, assim como um convalescente se levanta da cadeira, esquecendo o que fizeram na cloaca, às vezes mais ao lado, mas à do Feirense passa-se sempre um bom bocado, mais ou menos atribulado.
As barracas estavam montadas, a do anfitrião com um orientador novo, talvez a pedido do povo, farto dos retalhos da manta, ou porque a paciência da direcção não era assim tanta, mas quem sou para ter garganta, o Novo Sporting já vai no terceiro ou quarto sacripanta, o Dr. Marquises nem canta muito menos encanta, sei é que houve logo no minuto segundo sapatadas, uma entrada de pitons do Renato São Cacetadas, no tornozelo de Bruno Fernandes, que só a equipa de Manuel Mota, e o vídeo-árbitro da cepa torta Bruno Esteves, não consideraram digna de se expulsar o sarrafeiro dos almocreves - nem sequer uma penalização das leves!
Havia de tudo, comes e bebes, vai daí não vai de modas Vítor Bruno, também quis aproveitar as benesses, ceifou Diaby por trás, antes que se escapasse o diabólico rapaz, mas aos cinco minutos o árbitro lembrou-se dos cartões, e mostrou-lhe um amarelo (mas não mais, nas outras vezes todas em que não foi capaz).
Engraçado o momento em que esse mesmo portento, num canto em que está a marcar o holandês do tormento, não o careca perdido no seu pensamento, o outro que estava em movimento, tentando libertar-se de um aprisionamento sem braços nem cabeça, mas com tronco e à reversa, foi prosseguindo em impedimento, empurrado contra o guarda-redes, com a equipa de arbitragem controversa a transmutar uma eventual grande penalidade em falta ofensiva sem cabimento.
No que respeita ao pontapé na bola, para além do jogo de cintura e das entradas de sola, havia pouco a mostrar, um ou outro cruzamento para Renan treinar, remates exteriores com alguém a tentar.
Os alquimistas do apito continuavam na sua senda, parecia que arbitravam com uma venda, talvez por isso consideraram que o último a tocar na bola foi Wendel, quando a cortou contra a perna do tal Renato, este não é de ouro é de bicarbonato, lançamento contra o Sporting assinalado, e logo a seguir quando viraram uma falta sobre Coates à entrada da área em livre para a equipa que defendia, a adversária.
O desafio vivia de repelões, era tudo tão sofrido que se sentia comichões, pouco conseguido menos em trambolhões, e foi assim que Briseño entrou pelo centro, sucessivos ressaltos ganhos por ali adentro, até um corte de Ilori que serviu provisoriamente, que ressaltou num fogaceiro novamente, desta vez Coates cortou contra João Silva, o que assustou Renan cioso pela sua baliza, atirando-se ao chão e cedendo um canto como cedeu à Troika a Maria Luísa.
O que se passou depois foi engraçado, o canto foi batido e bem colocado ao 1.º poste, onde quatro jogadores fogaceiros estavam em linha a postos, e o Renato Bicarbonato adiantado em relação a todos, portanto em fora-de-jogo, porque houve um deles antes que à bola saltou e lhe tocou, apenas com Renan focado, a impedi-lo de fechar aquele lado da linha de golo, o guarda-redes tentou como pôde defendendo mal posicionado contra o obstáculo dele, que de costas e no ressalto marcou um golo sem vê-lo. Porém desta vez deu sinal o Bruno Esteves, o José Mota foi ao ecrã ver, e descortinou uma das duas irregularidades, só tinha que escolher, um golo bem invalidado como devia ser.
A seguir voltou a sarrafada, quando alguém se escapava era sempre convocada, a ordem era para atingir quem desequilibrava, e lá tinha Manuel Mota de ir distribuindo mais um cartão a quem não era reincidente na stickada, por isso puniu Cris quando travou a arrancada de Wendel no meio-campo, mas não mostrou o segundo amarelo a Vítor Bruno Sapateiro, quando foi de pitons ao pé do holandês artilheiro, que teve debaixo d'asa na outra vez que o quis levar para casa - e assim lhes acertava e não pagava, a tempo inteiro.
Cansados de tanto apanhar, resolveram os visitantes aproveitar o livre, com Bas Dost a fugir e a deixar passar, um defesa a cortar para onde ele a foi apanhar, com um remate improvisado na bola que ia a passar a meio do ar, e o guarda-redes a voar para a afastar.
Os pauliteiros não se deixaram intimidar, mudavam de flanco e apareciam pela ala a cruzar, João Silva surgia solto a cabecear, sem conseguir enquadrar, mas iam somando cantos, e houve um milagre Reinaniano de causar espantos, a bola quase lá dentro defendida instintivamente, quando Sturgeon no chão a levantou, depois desta passar por toda a gente.
Não havendo danos, parecia que iam cerrar-se os panos para o intervalo, amigos como dantes e siga a feira do cavalo, mas antes quis o Sporting aproveitá-lo, com uma contra-ofensiva inteligente, bola derivada a passar de um lado ao outro, Acuña ao centro a picar para o espaço onde vai mijar o potro, por cima da defesa, na área à esquerda apareceu Borja para o cruzamento, Wendel começou a jogada e apareceu na zona aposta, cabeceando contra Briseño que esticou o braço e fez bosta, desviando a bola e marcando um golo como quem encosta.
Pouco depois veio mesmo o descanso, afinal a primeira parte não foi totalmente um falhanço, só não sei ainda qual de todos o mais tanso, foi tudo tão mastigado que até soube a ranço.

Foi o 88.º auto-golo que o 🦁Sporting beneficiou na 🇵🇹Liga Portuguesa.

⚠️Equipas com mais auto-golos a favor [% dos golos]:
107 🦅Benfica [0,2%]
90 🐲FC Porto [0,2%]
88 🦁Sporting [0,2%]
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⏰ INTERVALO | Feirense 0 – 1 Sporting

Vantagem para os "leões" finda a 1ª parte, apesar das dificuldades colocadas pelos feirenses
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