quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

A feira das oportunidades

Depois do jogo do campeonato e o apuramento na Taça da carica terem deixado boas recordações, lá voltaram a Santa Maria da Feira os esfomeados leões, a fim de conseguirem a passagem às meias-finais da Taça, num desafio que não era de exigência máxima mas exigia alguma raça, até porque a Manta esticada tem destapado outras competições, convinha não voltar para casa sem nada, e ter de dar satisfações.
A primeira parte jogada foi um festival de ocasiões, independentemente do que ao intervalo mostraram as televisões, uma estatística tão mentirosa que devia ser fruto de alucinações, com 0 oportunidades do Sporting e 0 conclusões, enquanto o Feirense tinha uma, surgida de um fora-de-jogo que escapou aos paspalhões.
Desde o início que o Sporting se foi impondo, o Feirense tinha umas saídas e umas bolas paradas mas não causava rombo, e o mais incómodo era ver o desperdício, remates sucessivos à figura de Brígido, ou contra a barreira da feira e o seu bloco tímido, arrastando um empate que se tornava um suplício, e arriscando-se a sofrer porque não marcar já era um vício.
Quando alguém conseguia penetrar no último reduto, saía-se o guarda-redes astuto, fazendo manchas bem conseguidas, ou sendo dobrado pelos defesas ao quinto minuto, quando Raphinha lhe passou a bola por cima do cocuruto. Em campo arbitrava Fábio Veríssimo, não viu quando Bas Dost junto à área foi puxadíssimo, nem quando Vítor Bruno varreu Wendel lançadíssimo, mas entendeu com o auxiliar o único golo anular, porque o avançado do Sporting, rodeado por três adversários a pressioná-lo, teve de lutar para se antecipar. Bruno Fernandes recolheu a bola, rodou e rematou a preceito, o remate colocado foi cruzado e bem feito, defendido como deu mais jeito, e Bas Dost, na recarga não teve o proveito, o guarda-redes estava lá e foi perfeito. As oportunidades não foram poucas, mas ninguém as soube aproveitar, e ficou tudo para ser resolvido na 2.ª parte a disputar, mais cedo ou mais tarde se veria o que ia dar.
O recomeço trouxe um domínio ainda mais avassalador, mas o aproveitamento dos lances continuava de mal a pior, foi admirável ver o Ovo entrar na área depois de um cabrito sobre o opositor, servindo com um cruzamento rasteiro o horrível Holandês Falhador, que sozinho do lado oposto tocou a bola para fora, parecia que um constrangimento invisível o impedia de ser matador naquela hora.
Após um fora-de-jogo mal assinalado, onde antes não vira Valência acampado, que só a saída de Salin aos seus pés o impediu de ter marcado, ainda na primeira metade, isso e alguma falta de capacidade, foi Nani a falhar um lance isolado, após Acuña o ter visto solto e cruzado, já depois de ter falhado um remate a um cruzamento rasteiro do outro lado.
Depois vieram os remates para a bancada, Raphinha de livre directo, Gudelj com ela rolada, e o desespero era já uma coisa entranhada, novo remate cruzado de Bruno Fernandes deu em nada, quando após uma recuperação pela esquerda e uma bola bem jogada, Wendel correu pelo flanco, flectiu para dentro e alçou da perna, rematando na passada sem hipótese, num arco que levou a bola ao 2.º poste colocada. A maldição do zero a zero tinha sido quebrada.
O 2.º golo veio de rajada, um pontapé de canto discutido por Coates atrás da molhada, bola rechaçada para fora da grande-área, onde Bruno Fernandes a aguardava, disparando com o peito do pé direito em força e enrolada, uma margem de 2 golos era mais que justificada, e apareceu antes que se tornasse mais complicada.
Aparentemente satisfeito, começou o Sporting a pôr-se a jeito, o Feirense percebeu que o mal já estava feito e tentou reduzir o leito onde se ia deitar, foi então que Salin começou a brilhar, até ao fim impediu Valência de por 3 vezes facturar, e não só, também houve um lance em que complicou, outro que qual Super-Homem voou, socando a bola como o filho de Krypton, e no frente a frente com os feirantes, foi ele que deles tratou e os aviou, mesmo com Coates a fazer cortes uns atrás dos outros.
Só o recém-entrado Luiz Phellype, deixem lá ver se está bem escrito ou rectifique, conseguiu contrariar esse recuo, numa saída com bola linear, quando o Feirense já tudo estava a arriscar, servido pelo centro por Nani, armando um remate colocado que bateu no poste e não entrou.
Foi realmente um jogo agri-doce, a vitória foi um prato saboroso, porém não levaram um golo por um caroço e se não marcam tão cedo e o jogo se arrastasse, ou levassem um golo antes que alguém acordasse, não sei não, talvez estivéssemos aqui a chamar ao careca holandês palhaço, e a dizer ao Dr. Marquises que de vez desmaiasse. Assim, seguimos em frente na Taça, rijos como palha d'aço.
Agora, se como dizem alguns eruditos, o Sporting não tem a obrigação de vencer os rivais directos, mesmo em Alvalade, esqueçam esta época, anulem de vez a vontade, uma vez que para as taças vamos ter de os defrontar, e também para o campeonato, sucessivamente. Ganhem mas é vergonha, triste gente, esses malditos, sempre prontos a desculpar a ronha e a alimentar anos perdidos!

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