Se pensa que é moleza combater os Taliban, só porque havia napalm e agente laranja no Vietnam, desengane-se que é mortal comer uma canja em terra afegã, os mujahidin estão sempre à espreita seja de noite ou de manhã. Quem sobreviveu nas ruas de Kandahar, enrijeceu e está preparado para por cá andar.
Recepção repetida ao Rio Ave mas para a Taça da Liga, competição recém-vencida pela segunda vez consecutiva, apresentaram os treinadores uma equipa mais ou menos alternativa, com guarda-redes suplentes na baliza, Max escapando à objectiva na fotografia colectiva, Paulo Vítor aparecendo de forma activa. Carvalhal apenas manteve o capitão Tarantini no onze inicial, relativamente à visita de final de Agosto, Leonel optou por 4 titulares escolhidos por Marcel, mudou toda a defesa a seu gosto e em vez de Doumbia jogou Battaglia, e Jesé no lugar de Luiz Encosto.
Entrou a equipa da casa muito assertiva, não o suficiente para se adiantar na partida, a finalização surgia mas era inconclusiva, e quando acertava o guarda-redes defendia, pelo que o ataque leonino foi perdulário, algo que não se pode dizer do contrário, que foi lá uma vez após um erro ordinário.
Falha na ligação de Wendel com Rosier, passe interceptado por Ronan que arrancou à frente do lateral francês, perseguido por este mas em vão, entrou em ruptura na zona de finalização, com Ilori a atrasar-se na compensação, e fez um remate a meia altura cruzado, com Maximiano ao 1.º poste desfeiteado.
Instantes depois, num livre ganho por Acuña à entrada da grande-área, Bruno Fernandes rematou contra os figurantes da equipa adversária, com a bola desviando-se do guarda-redes e entrando retardatária.
Reposta a igualdade, não sei se a normalidade, e após um míssil de Bruno Fernandes defendido com dificuldade, surgiu nova contrariedade, Battaglia ressentiu-se e saiu, entrando Eduardo. Assim chegou ao fim a 1.ª metade.
O ascendente sportinguista não se reflectia no resultado, e o reatamento expôs à vista de quem assistia desarmado, os médios ofensivos não davam conta do recado, rematavam mas sem qualquer golo concretizado, que falta fazia um autêntico avançado, Jesé aprimorava-se no seu bailado, Wendel arrastava-se um bocado, com tal ataque era cada vez mais complicado, Luiz Phellype rendeu o brazuca e mais tarde Jovane Cabral o deslumbrado, entrou com a camisola de Plata equipado, talvez para alguém fazer a errata ou porque não tinha carta de federado.
Antes de mais esse episódio caricato, o segundo golo do Rio Ave foi um facto, um cruzamento bem feito, com cabeceamento de Carlos Mané no acto, entrado em campo a meio da 2.ª parte, a colocar para um primeiro remate, que foi travado por Max para zona frontal, deixando à mercê de Piazon o bombom final, a defesa totalmente prostrada.
Manuel Mota ainda deu 8 minutos de descontos, houve paragens de jogo em muitos momentos, mas não foram suficientes para tentar ganhar pontos, e assim terminou a tarefa de Pontes, caindo ao rio que Keizer caiu antes.
A conclusão disto tudo, depois do holandês Marcel despachado, o Leonel sisudo recambiado e Jorge Manuel "sem canudo" apresentado, na manhã seguinte no relvado do estádio, com José Pedro ao lado, por Frederico Varandas e o Hugo Viana calado, como se nada se tivesse passado, naturalmente que o careca é quem mais devia estar preocupado, mas o gadelhudo não pode também ficar descansado.
Apito final: SCP 1-2 RAFC
Há 7 anos que o Sporting não sofria três derrotas consecutivas, nessa temporada os leões terminaram o campeonato na 7.ª posição.
Apito final: SCP 1-2 RAFC
HISTÓRICO!!! O Rio Ave vence pela primeira vez dois jogos consecutivos em Alvalade.
Até Agosto 2019, os vilacondenses tinham duas vitórias em casa dos leões e em menos de um mês soma quatro.
Apito final: SCP 1-2 RAFC
HISTÓRICO!!! Em 90 anos de futebol é a primeira vez que o Sporting tem uma % de derrotas (56%) tão elevada nos 9 primeiros jogos (2V-2E-5D)
Apresentação do novo treinador do Sporting, Silas e seu treinador-adjunto José Pedro (2019.09.27) |