Após a vitória diamantina na Dinamarca, tão brilhante que até cegou o dinossauro patriarca, que antes levou na cloaca no covil do Bisson, e depois no bujon do galo na barraca, com três expulsões que não se viam desde a era mesozóica, menos Pepe que racha mais lenha que na selva amazónica, sem alfaia e de forma solta e paranóica, eis que veio o Estoril Praia sem escolta à toca, com treinador interino e do intestino à rasca, a ressacar da saída de Arthur desde a primeira volta, peça fundamental que desfalcou a estóica (e tosca) agremiação canária.
Escusado será dizer quem venceu a contenda, Arthur num plantel sai melhor que a encomenda, e neste duelo leão-canário não é o otário, e sim a lenda. Assim o Estoril em 2 embates totaliza um remate ao poste mas nem um à baliza. De resto, o golo do não muito lesto e menos funesto Bellerín, que renegou o bigode ainda mais que o pilim, e o golo sem espinhas do super-craque Chicão Trinquinhas, contra um conjunto que sem Arthur é um traque de galinhas. E um Mourita nipónico de trabalho nas entrelinhas, com o tónico do pregão de São Justino a quem não faltaram pilhas.
Eis mais um triunfo épico para neo-exigentes com glamour estético voltarem ao arrufo frenético e on tour ético exibir pilinhas.