domingo, 10 de março de 2019

Tapa na Panthera

Na visita do Leão ao estádio onde a Pantera habita, numa classificação que periclita e a torna aflita, mais confortável o Novo Sporting nesta sua nova vida, tendo o guerreiro do Minho levado pouco antes o conquistado(r) vizinho de vencida, antevia-se uma complicada e intrincada partida.
Sabendo quão perigosa é uma pantera ferida, a opção manhosa do careca foi uma táctica híbrida, nem muito fechada nem muito abrida, com Acuña a médio-ala numa posição mais subida, não tão acutilante e sem o rasgo na movimentação de Raphinha, e Luiz Phellype na frente a fazer de mascarilha.
A Pantera entrou com ganas e atrevida, ganhou um livre ao segundo minuto bombeado para a área que apanhou a equipa contrária desprevenida, primeiro uma bola mal cortada pelo mascarilha, subindo e descendo no meio, disputada no ar pelo montenegrino e perdida de permeio, caindo ao alcance de Neris em jogo com o mascarado do outro lado em linha, finalizando o lance perante Renan por instinto, o último lince de toda uma defesa em três momentos batida - a primeira tapa na Panthera (Leo) estava servida.
A reacção foi um tanto ou quanto destemida, ataques a variar pelos flancos com a zona central tapadinha, na direita a via rápida de Raphinha, na esquerda mais apoiada e lentinha, com cruzamentos a saírem ao segundo e cantos cedidos junto à linha de fundo, variações de Wendel ou Bruno Fernandes pelos trâmites legais ou um ocasional lançamento profundo dos centrais, na equipa leonina peças de xadrez fundamentais, autenticamente universais, garantem a maior parte da estabilidade defensiva, e em funções ofensivas são muitas vezes fatais, ontem não sendo uma das tais, com várias oportunidades de Coates, de bolas parada e quando subiu na fase mais desesperada, na 2.ª das partes, e Luiz Phellype a fazer lembrar (ou a ver passar) Barcos.
Com a vantagem cedo obtida, a Pantera adoptou uma postura retraída, à espera de um tombo, uma desventura e uma saída, e foi assim que Gudelj abriu a cabeça a Sauer, e o Boavista encontrou uma avenida, mudando de faixa em contra-mão numa investida, com um remate diagonal de Perdigão e a bola por Renan no chão defendida.
Logo depois, foi o tapa na Panthera (Pardus) 2, com Raphinha a entrar com a bola a passos largos, o marcador a marcá-lo com os olhos, a vê-lo aproximar-se e a ficar com um torcicolo, ele e outro que resolveu chegar-se, para tentar evitar um rasteiro passe, que à boca da baliza passou e Edu Machado tocou a antecipar-se, antes que Acuña lhe chegasse, fazendo com que à baliza fosse e entrasse e resultasse num autogolo, que deixou o Lito Vidigal tolo.
A contenda estava uma vez mais empatada, o Sporting impunha-se à equipa axadrezada e era senhor das operações, mas Bracali ia controlando as poucas ocasiões flagrantes, e as soluções apresentadas eram dilacerantes, no mau sentido, pois o ponta-de-lança mascarado parecia andar perdido, e se lá não estivesse ficava-lhe agradecido, falhando um golo cantado ao 2.º poste na sequência de um livre, acertando no ferro à Hélder do Postigo.
Entretanto outro golo foi metido, Raphinha apanhou a bola na pequena-área caindo, como a Neris tinha acontecido, e cabeceou-a com um saltinho por cima de Bracali saído, porém anulado por fora-de-jogo inadvertido - estava adiantado em relação ao último bandido, do outro lado mais subido.
Acuña parecia esclarecido, executando o passe ou o cruzamento bem medido, e Bruno Fernandes entretido também, no meio, no lado e mais além, até a desarmar na área um intrometido, anulando por fim o perigo, mas da zona de finalização algo desaparecido.
Foi assim que a primeira parte decorreu íntegra, ou algo de parecido, o Gudelj ficou com um galo, o Sauer com uma touca negra e o intervalo chegou como um cavalo malhado combalido, ou um leopardo anestesiado aturdido.

⏰ INTERVALO | Boavista 1 – 1 Sporting

Empate com golos, finda uma 1ª parte de ascendente leonino (mas com pouco acerto no remate)
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