Reparem no parco conteúdo, ao deparar-se com um vídeo da realidade no campo de batalha na Ucrânia*, que este "senhor" publica, sem acrescentar nada de substancial, talvez por ser impossível executar um dos seus habituais spins, ou os deploráveis "lel" da praxe (este "senhor" gosta muito de se rir de coisas tristes, depois ainda fala em lágrimas de crocodilo).
Já vos vou demonstrar por A+B, e referindo sempre as posições públicas deste "super moderador" do Fórum de um clube apolítico que se diz "social-democrata", enquanto apoia as acções de batalhões como o Azov, o Tornado, o Dnipro, o Aidar, o Kraken, etc, que diz serem freedom fighters, fazendo tábula rasa de toda a sua iconografia nazi-fascista (wolfsangel, sonnerad, totenkopf, etc) que diz serem apenas e só "símbolos antigos", nada ideológicos. Este é o "senhor" que enquanto critica a alt-right norte-americana (com tudo o que tem de criticável, mas sobretudo por serem obstáculos ao imperialismo expansionista norte-americano, por se oporem à política externa de "polícias do mundo" e ao despesismo de recursos que implica manter ou aumentar a máquina de guerra, do que por outro qualquer motivo, o que não deixa de ser revelador, até porque esta não ostenta com a mesma frequência a simbologia acima referida e abaixo ilustrada, e defende valores anacrónicos como o anarco-capitalismo, etc), passa paninhos quentes na extrema-direita ucraniana (xenófoba, racista, e apologista de genocidas). Coerências...
Portanto, um social-democrata que branqueia (a ironia) manifestações nazis, e tenta até lavar o culto a Bandera e outros sanguinários criminosos de guerra que tais, colaboradores nazis, que promovem, assim como a influência que os grupos de extrema-direita tiveram no golpe de Maidan, em 2014 (assumida publicamente). E já lá vamos a 2014, para começar o rol de litros de lágrimas de crocodilo que este senhor já chorou. Sim, lágrimas de crocodilo do Nilo.
Vamos então por pontos, estabelecendo uma cronologia dos factos e não das barbaridades que este senhor defendeu e defende, mas referindo sempre as posições deste "senhor", quer nas suas redes sociais, quer no Fórum, para conferirmos o grau de moral que tem, com todo o seu facciosismo que até defendeu a censura de orgãos de comunicação social não alinhados, na Ucrânia e na UE, e de partidos que não digam amén a Zelensky e ao seu regime, na Ucrânia, para falar em vermes, vómitos e lágrimas de crocodilo.
1- Este "super moderador", qual sobredotado psíquico leitor da "mente colectiva ucraniana" (que na sua reduzida e retorcida imaginação "social-democrata" é uníssona, unívoca e não plural), chegou a dizer que o Estado (ucraniano) tem todo o direito de bombardear populações, genericamente, no caso só por não serem a favor do golpe de Maidan. Ou seja, os bombardeamentos indiscriminados contra cidades e populações civis que o regime ucraniano pós-golpe executou diariamente são para este senhor plenamente justificados, bombardeamentos esses que foram reportados por vários organismos internacionais, relatando os crimes de guerra cometidos. Volto a relembrar o que era a Ucrânia em 2014 (e daí o que é hoje) com infografia publicada pelo Washington Post em 2014, e que espelha a orientação política e o sentido de voto diversos nas suas várias regiões e oblasts (basta consultar a infografia adicional no mesmo artigo referido). Aqui se vê a preocupação que este "senhor" tem com as populações ucranianas (ou será que os habitantes do leste e sul o deixaram de ser, e de ter direitos de cidadania e humanos, após o golpe promovido pela NATO em conluio com a extrema-direita em apoio aos pró-ocidentais ucranianos?). Sim, lágrimas de caimão.
Mapa etno-linguístico da Ucrânia (Washington Post, 2014) |
2- Este "social-democrata" é completamente alheio ao aumento do custo de vida das populações, à inflacção galopante e à diminuição brutal do poder de compra dos seus concidadãos nacionais e demais europeus, resultado da gradual transformação (ou reconversão) da política económica europeia numa economia de guerra, com o alto patrocínio dos governos e instituições supra-nacionais ocidentais. Talvez porque viva numa redoma, ou seja afortunado, ou talvez por ser bom servo e ter "credível" recompensa por sê-lo, este senhor aceita todas e quaisquer restrições de liberdade e autonomia dos seus próximos, principalmente dos mais pobres e desfavorecidos, em nome do envio contínuo e progressivo de armas para a Ucrânia e as sanções intermináveis à Rússia, que como se tem visto, prejudicam sobretudo as populações europeias, em especial as mais expostas e desfavorecidas. Por várias vezes suportou o aumento do custo de vida a troco sabe-se lá do quê, assim como, em relação ao Sporting, defendeu (ou não contrariou, mostrando-se receptivo) o aumento do valor das quotizações e até a criação da categoria privilegiada de sócio A+ (que não é para todos, sendo que ninguém impedia anteriormente um sócio de categoria A de poder pagar mais do que os 12€ estipulados, sem com isso ter privilégios). Sim, lágrimas de jacaré.
3- Este "democrata", tão preocupado com os "nossos valores e a democracia", e que já defendeu a censura de orgãos de informação não dominados pela narrativa única do Ocidente, além de partidos políticos que não sejam subservientes ao regime Ucraniano, de viva voz - para não falar na proibição oficial da expressão linguística e cultural russa - também atacou a Amnistia Internacional, em conjunto com alcateias de chacais e mabecos, por, pasme-se, denunciar que o exército ucraniano e seus batalhões neo-nazis várias vezes se posicionaram em zonas e infra-estruturas civis, utilizando-as como escudo, o que invariavelmente tornava as populações civis (fossem russófilas ou não) um alvo, o que além de ser totalmente desprovido de consideração pela população ucraniana civil, demonstrando a alucinação militarista e sanguinária que move estes "cordeirinhos", vai contra a lei internacional e as convenções, constituindo-se um crime de guerra. Lembram-se dos uivos destes "senhores", os Luíses Ribeiros, os Milhazes e os Rogeiros e seus descerebrados fãs e papagaios, contra a AI, que provocaram inclusivamente a demissão da sua directora e um pedido de desculpas, por medo de represálias, tal foi a coacção? Só por relatar a realidade que tanto incómodo causou a estes "democratas" partidários da militarização da Ucrânia desde 2014 e da guerra até ao último ucraniano (ou eslavo) - e não foi por causa das vítimas ou do risco para as populações civis, que isso não os incomodou nem por um segundo, a preocupação deles foi com a reputação dos meninos bonitos e armados dos seus olhos ("lel"). Sim, lágrimas de gavial.
4- Para concluir deste tratado sobre a hipocrisia do crocodilo e as suas lágrimas, no meio dos infames "lel" e dos apelos à censura de tudo o que não alinhe pelo seu diapasão, seja comunicação social, seja partido político, seja até relatórios independentes de organizações internacionais, que demonstram à saciedade que tudo o que os move nada tem a ver com Liberdade, Democracia, e o bem estar das populações sem distinção de credo, ideologia política e etnia (esses sim os verdadeiros valores da Liberdade e da Democracia, não as artimanhas e falácias que os vemos a papaguear, enquanto encobrem os crimes dos seus mentores e executores e branqueiam genocidas neo-nazis), e sim com uma sanha de guerra, uma sede de sangue, que não olha a meios nem a métodos para a sua prossecução. Basta recordar tudo o que estes "senhores" autoproclamados guardiões da moralidade e da virtude são capazes, e voltar a alertar para o caminho que estão a levar a Europa e o mundo. Basta relembrar que enchem a boca e apontam o dedo a todos os autocratas que não obedeçam ao status quo que defendem, enquanto encobrem todas as artimanhas, crimes e atrocidades que os seus ídolos de pés de barro cometem. É que até o Orban, a Meloni e o Erdogan foram a votos e eleitos, mal ou bem. Quem elegeu as Ursulas von der Leyens desta vida para nos representarem e cagarem postas de pescada e transformarem a UE - União (Económica) Europeia numa aliança bélica subserviente à NATO e por conseguinte aos interesses norte-americanos, sem qualquer respeito quer pelo espírito original da CEE, de paz, cooperação e convergência sócio-económica entre nações europeias, quer pelos estatutos e regulamentos vigentes? Ou os Durões Barrosos? Apologistas das invasões do Iraque, da destruição da Líbia e da Síria, autores dos bombardeamentos indiscriminados e incessantes na Sérvia, coniventes com a ocupação israelita da Palestina? Sim, lágrimas de crocodilo australiano.
É a putrefacção ideológica dos yes men do imperialismo ocidental, do neoliberalismo (a.k.a capitalismo selvagem) que passam por cima de tudo, desde que os sirva, enquanto apontam o dedo aos outros para distrair os néscios e os levarem a aceitar o novo normal. Pazadas de areia para os olhos, nunca eles estiveram preocupados com o seu próximo, os civis e os cidadãos comuns, são agendas corporativas e imperiais que os movem. Quantos massacres, genocídios (presentes e passados, por exemplo, no Yémen), ecocídios, e demais atrocidades já eles branquearam aos seus mentores, enquanto acusam outros para distrair as populações ocidentais? Quantas espécies já extinguiram ou deixaram à beira da extinção para levar avante o seu egoísmo e a sua sede de saque e de lucro? Comissionistas da morte e da destruição, accionistas da propaganda e da desinformação, sanguessugas do sofrimento humano e animal, larvas da decadência e da autodestruição. Eles próprios se revelam, e só não os topa quem anda a dormir ao som das suas canções de embalar pategos, cheias de contradições e de exemplos da sua débil moralidade ideológica. Sim, lágrimas de aligátor.
P.S: "Não faças aos outros o que não gostarias que te fizessem."
*vídeo que não vi nem tenciono ver (mas pelos relatos sei o horror do conteúdo). Não dou audiência à violência da guerra e aos seus mentores e propagandistas (não me refiro ao autor original do comentário em específico), nem tenho prazer (mais do que fazer na vida), ao contrário de alguns mentecaptos, em ver seres humanos, seja qual for a sua etnia ou origem, a sofrer e a morrer por causa do belicismo e do militarismo, que normalmente andam de mãos dadas com o ultra-nacionalismo e o nazi-fascismo - e que são a causa primeira da sua derrota cíclica, cedo ou tarde.