Neste mundo absurdo, onde a realidade supera tudo, até a ficção mais rebuscada, e agora está na moda entregar ou matar o curdo, como se não contasse para nada, proliferam senhores Doutores de vão de escada, fazendo diagnósticos por telepatia ou empada, prescrevendo medicamentos e mesinhas em barda, (des)conhecendo ou não a pessoa (des)tratada. O acesso à convenção da farmacêutica é facilitado, havendo senso na terapêutica do convidado, come-se croquettes, caviar e guisado, idealmente pelo Zé do Tacho confeccionado, mas é sempre a aviar e no final ainda se recebe uma retribuição, para além de ter tudo pago - quem (pr)escreve como o Dr. Marquises fala não é gago!
Há sempre um fisiatra descomprometido, que leva o juramento de Hipócrates à bandido, uma mera ladainha sem sentido, e gosta de dar uma de entendido, prescrever a cura milagrosa em comprimido. Nada como ser saudável e evitar o perigo, ir à triagem correndo o risco desagradável de ficar retido, sabendo que na clínica do Dr. Mengele és só mais um combalido, com direito a pílulas e ampolas em sortido na consoada.
«Eu é que sei! Eu é que sei!», dizem estas amostras, estes wannabes Dr. Edgar Cayce! Efeitos secundários das ostras com wasabi que comeram no passeio?
Nem Paracelsus (o original) foi reconhecido como tal, com sua teoria dos corpos astrais era mestre profissional, um dos melhores tal como consta nos anais, e nem sequer fazia banco no Hospital, quanto mais o Natal dos Hospitais! Quem sabe, sabe, e Paracelsus foi destacado entre os demais, tão ou mais real que o Pai Natal!
Estamos entregues aos reles Dr. Mengeles, quais cobaias a quem vão esfolar as peles.
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